Mesmo caladas, já as ouvimos: sempre que estreia um novo Sang-soo, logo se erguem meia dúzia de vozes que nos brindam com a sua repetida crítica de uma obra que não saberia fazer mais do que repetir-se. Trata-se de uma abordagem que passa ao lado do que nela é essencial: a voluntária configuração dos filmes que a compõem como jogos de diferença e repetição, onde, sendo embora o ‘tabuleiro’ sempre o mesmo, é imprevisível o movimento das peças que sobre ele se deslocam (como no quotidiano, aliás). É a esse ritmo que volta a dançar — com as vestes minimalistas do costume — “A Romancista e o Seu Filme”.