Fundada em 1897, foram necessários 126 anos para que a Academia Brasileira de Letras abrisse as suas portas a um representante dos povos originários do Brasil. Ailton Krenak vai ocupar a cadeira numero 5, vaga desde a morte de Jose Murilo de Carvalho, cientista político e historiador, que, por sua vez, substituíra a escritora Rachel de Queiroz.
Depois da atriz Fernanda Montenegro e do cantor e compositor Gilberto Gil, para a linhagem dos imortais intelectuais brasileiros, entra agora Ailton, o homem que ao Expresso disse em 2018 ter mais receio pela sobrevivência dos brancos do que dos povos originários, afinal, estes é a cinco séculos que tentam resistir.