Estão as tascas em vias de extinção? A doçaria conventual é um mito? Estes foram dois dos temas debatidos, no Edifício Impresa, em Paço de Arcos, no âmbito das Conversas Boa Cama Boa Mesa, que integraram a apresentação do novo guia “Tascas, Petiscos & Doces”.
Fortunato da Câmara, jornalista e crítico gastronómico do Expresso analisou o atual estado da oferta de espaços de petiscos em Lisboa, tendo em conta a pressão turística, para destacar a importância de se manter viva a tradição das tascas, enquanto espaço de convívio social
Já o chef Luís Gaspar, que lidera o restaurante Pica-Pau, em Lisboa, recordou a importância dos petiscos para a identidade gastronómica portuguesa:
No debate dedicado à doçaria, Diogo Lopes, chef de pastelaria do Ritz Four Seasons Hotel Lisboa, avaliou o estado da formação nesta área e os passos necessários para a modernização desta vertente da gastronomia:
Já João Pedro Gomes, doutor em “Patrimónios Alimentares: Culturas e Identidades” pela Universidade de Coimbra com a tese “A doçaria portuguesa. Origens de um património alimentar (séculos XVI a XVIII)”, respondeu à questão: A doçaria conventual é um mito?
No final do debate, a enóloga Inês Bento e o escanção Luis Bento promovem um workshop sobre a oferta da região dos Vinhos de Lisboa. Em prova estiveram vinhos da casta branca Arinto e tinta Tannat, que harmonizaram, respetivamente, com queijo cabra da Beira Baixa e Queijo Serra da Estrela DOP, servidos por Pedro Cardoso, da Queijaria. Seguiu-se a prova do licoroso Carcavelos com Queijadas de Sintra, produzidas pela Casa do Preto, e Aguardente DOC Lourinhã com Cornucópias preparadas pela Pastelaria Alcôa, de Alcobaça.
Nas bancas a 24 de novembro, o guia “Tascas, Petiscos & Doces” é um convite a percorrer o país autêntico à boleia de mais de 500 locais, bons e baratos, para descobrir e provar.
O guia “Tascas, Petiscos & Doces” tem o apoio dos Vinhos de Lisboa.