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Serra d'Ossa, no Alentejo, eleita Cidade do Vinho 2025

Borba, Estremoz, Redondo, Vila Viçosa e Alandroal são os cinco municípios do Alentejo que venceram a candidatura a Cidade do Vinho 2025, agrupada através da região produtora da Serra d'Ossa. A decisão foi anunciada pela Associação de Municípios Portugueses do Vinho

Passadiços no Convento de São Paulo, na Serra d'Ossa
DR

Depois de Almeirim, Alpiarça, Cartaxo e Santarém, que este ano ostentam o título de Cidade do Vinho, em 2025, a iniciativa desloca-se até ao Alentejo, mais precisamente à região de Serra d'Ossa. Em cerimónia em Santarém, a Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) elegeu a candidatura apresentada pelos cinco municípios localizados na zona da Serra d'Ossa, no distrito de Évora, como Cidade do Vinho 2025.

A candidatura, liderada pela Câmara de Borba e que junta as de Estremoz, Redondo, Vila Viçosa e Alandroal, é desenvolvida ainda em parceria com a Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e a ERT do Alentejo e Ribatejo. O presidente da Turismo do Alentejo considerou hoje que o título de Cidade do Vinho 2025 vai contribuir para a competitividade económica, a atração turística e marca identitária dos cinco concelhos.

Contactado pela Lusa, o presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, lembrou que “o vinho e a cultura da vinha são um fator enraizado nestes territórios de baixa densidade” e, por tal, podem contribuir também para a sua projeção.

"O vinho é hoje para o Alentejo um grande impulsionador do turismo e, no próximo ano, esta é uma oportunidade para este território da Serra d'Ossa se posicionar como uma zona ainda mais atrativa e competitiva na atração de visitantes", argumentou. "É uma iniciativa muito importante para a autoestima dos produtores e para toda a comunidade local, para a qual o vinho e a vinha são um fator identitário e da cultura", frisou.

"Vai ser uma grande festa"
Segundo José Manuel Santos, "o vinho agarrado à identidade e como forma de projetar" esta zona alentejana "em termos nacionais e internacionais tem um papel fundamental no turismo e ao nível económico". O mesmo responsável advertiu ainda que, na programação, "é preciso que haja diversidade de eventos durante os 12 meses, para atrairmos turistas na época alta e também nas alturas em que há menos visitantes, para combater a sazonalidade", realçando que "o vinho tem esta capacidade de levar os visitantes às zonas periféricas e de baixa dimensão" pelo que a Cidade do Vinho 2025 "vai ser uma grande festa".

A propósito da candidatura, em março, o presidente da Câmara de Borba, António Anselmo, explicou à Lusa que o projeto pretende aliar a produção de vinho à gastronomia, património, história e cultura dos municípios parceiros, que têm em comum a Serra d'Ossa.

Promovido pela AMPV, o título de Cidade do Vinho tem como objetivo valorizar a riqueza, diversidade e características comuns dos territórios associados à cultura do vinho e de todas as suas influências na sociedade, paisagem, economia, gastronomia e património.

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