Fazer uma prova de vinhos ou beber um copo são algumas das experiências disponíveis na garrafeira do restaurante Bartolomeu Bistro & Wine, do Torel 1884, um alojamento localizado em plena baixa do Porto dedicado à época dos Descobrimentos. Até aqui, nada de novo. Acontece que, antes de acolher este boutique hotel, inaugurado em 2019, o palacete do XIX já tinha sido morada de uma agência bancária.
Hoje, a garrafeira e a sala de provas ficam no antigo cofre do banco, com o teto em arco e forrada a pedra, e os vinhos estão armazenados nos cofres bancários originais. A pesada porta está normalmente aberta, convidando hóspedes e curiosos a usufruírem de uma experiência diferenciadora e exclusiva, sendo paga uma taxa de utilização caso deseje desfrutar do espaço em total privacidade. Mediante reserva, o cofre pode ser palco de um jantar privado para duas pessoas, onde é possível optar pelos pratos da ementa do restaurante Bartolomeu Bistro & Wine (Torel 1884, Rua Mouzinho da Silveira, 228, Porto. Tel. 226 090 003).
Assim, para “A Partida” encontra, além de tábuas de queijos ou de enchidos, também “Fondue de queijo, linguiça picante com orégãos” (€9). Já para “A Travessia” sugerem-se, entre outros, “Prego do lombo, queijo da Serra e mostarda” (€18); “Tártaro de atum e peixe branco, rábano e coentros” (€13); ou “Ceviche de choco com cevadotto e lima” (€14). No final, intitulado “A Chegada”, aconselha-se a “Mousse de chocolate, amendoim e flor de sal” (€5,50). Em alternativa, existem dois menus especiais temáticos: “Cabo da Boa Esperança” e “Cabo das Tormentas”, que incluem a harmonização vínica (desde €40). Acresce ainda, para a privatização da sala, o valor de €65.
Em 2019, o Boa Cama Boa Mesa descrevia o Torel 1884, como “um dos mais interessantes espaços” da cidade, destacando a temática dos Descobrimentos: “Cada piso é dedicado a um continente conquistado pelos corajosos navegadores – África, Ásia e América –, enquanto os 12 quartos da unidade, sob o exotismo de destinos longínquos, são dedicados a um produto – tapeçarias, sedas, pássaros, café, cana-de-açúcar, especiarias, porcelanas, chá, tabaco, madeiras – e iluminados por enormes janelas do edifício mítico que já teve várias vidas e albergou, mais recentemente, um banco. O cofre-forte ainda integra a casa e hoje guarda outras ‘preciosidades’: uma seleção de vinhos da garrafeira do restaurante Bartolomeu”.