Foi a primeira em Portugal nesta área. Há um ano, mais precisamente a 8 de novembro, a Covilhã recebeu o estatuto de Cidade Criativa do Design da UNESCO. Agora, em 2022, celebra-se o feito com a realização da primeira edição da Covilhã Creative Week (CCW), envolvendo toda a população. Assim, durante sete dias, a cidade acolhe “um conjunto de atividades culturais gratuitas e simultâneas, como exposições, concertos, visitas orientadas, debates, conferências, lançamento de publicações e residências artísticas”, explica a vereadora da Cultura, Regina Gouveia, ao Boa Cama Boa Mesa.
Em simultâneo com o certame, entre os dias 9 e 11 de novembro, acontece também a terceira edição do INDUSTRIAL – Encontros com a Cidade Fábrica, com “visitas artísticas, workshops e exposições centradas no património industrial da Covilhã”, uma vez mais com a comunidade a ser envolvida na vida artística.
Além destas iniciativas, ao longo de todo o ano não faltam boas razões para visitar a cidade, que se encontra inserida no território do Estrela Geopark da UNESCO. De forma permanente, a cidade convida a percorrer as rotas de Arte Urbana e Arte Nova. A descobrir Judiarias, a conhecer o Património Industrial e a Rota da Lã. Mas é em espaços como o New Hand Lab e no Museu Nacional dos Lanifícios da Universidade da Beira Interior (MUSLAN) que se promove a criatividade, a inovação e o empreendedorismo assente no respeito pela história e pela identidade cultural da população local.
O New Hand Lab (Rua Mateus Fernandes, Travessa do Ranito, Covilhã. Tel. 962 697 493) é um espaço que assume o compromisso de promover os recursos endógenos mais criativos e impulsionar a visibilidade internacional da cidade e da região onde se encontra. Palco de exposições e eventos diversos, dos musicais a palestras internacionais, pode ser visitado de segunda-feira a sábado entre as 14h30 e as 18h00. No MUSLAN (Rua Marquês de Ávila e Bolama, Covilhã. Tel. 275 241 411), para além de exposições e conferências, promovem-se eventos de natureza artística ao longo do ano, para os quais é convidado o público em geral. Aprender a trabalhar a lã, fiar, cardar, tecer, são artes em que se pode envolver através dos cursos promovidos pela Oficina Têxtil, instalada no Núcleo da Real Fábrica Veiga.
Na cidade onde tudo parece respirar arte e design até as ruas se vestem a preceito e com orgulho nas suas origens, cujas primeiras manufacturas remontam aos séculos XV (ribeiras da Goldra) e XVI (Carpinteira). Percorra o centro histórico e admire o conjunto de obras de arte resultantes do mais antigo festival de arte urbana do país, o WOOL. São cerca de meia centena de obras quase todas de grande formato, de autores como Vhils, Bordalo II, Pantónio, Mistaker Maker e Bosoletti. Um autêntico museu a céu aberto a fazer despertar os sentidos.
A não perder também a Rota da Covilhã, Cidade-Fábrica, que inclui três percursos urbanos circulares e complementares entre si, que propõem uma visita aos espaços mais significativos da indústria de lanifícios da cidade.
Tal como a arte, a gastronomia local recupera sabores antigos, de que são exemplo a panela no forno, o brulhão, o pastel de molho, o bacalhau à Assis, as bolachas de cerveja, as papas de carolo e, claro, o afamado Queijo da Serra. Sabores estes que podem ser experimentados em locais como o restaurante Alkimya (Avenida Frei Heitor Pinto,1, Covilhã. Tel.275 333 4174) . Para uma experiência imersiva no mundo da arte escolha o Puralã - Wool Valley Hotel & SPA (Alameda Pêro da Covilhã, Covilhã. Tel. 707 919 533) inspirado, como o nome deixa adivinhar, no mundo da lã e dos lanifícios.
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