É na aldeia de Ermida, em Vilar da Veiga, concelho de Terras de Bouro, em pleno coração do Gerês que, a cerca de 900 metros de altitude, esta queda de água entre as rochas dá origem a uma sucessão de cascatas singulares que terminam num lago de águas cristalinas. Apesar de aparentemente convidativo para ir a banhos, o acesso à cascata do Arado para esse efeito é desaconselhado por ser bastante perigoso, nomeadamente devido ao piso escorregadio e irregular que ali conduz. Em alternativa, parta da vila do Gerês em direção à barragem da Caniçada e depois seguindo a indicação para Ermida. Quando chegar à estrada de terra batida, siga por esse caminho durante cerca de um quilómetro, virando à direita ao encontrar a indicação cascata do Arado. Siga até se deparar com a ponte que liga ambas as margens do rio Arado e estacione. É agora tempo de prosseguir a pé pelas escadas em pedra que dão acesso ao miradouro da cascata do Arado, de onde pode desfrutar da panorâmica e ouvir o som melodioso da queda de água. Ali perto, um bosque de vidoeiros oferece sombra e mesas de pedra para uma pausa. Todo o caminho é uma imersão no cenário exuberante do Gerês, impressionante em qualquer altura do ano, embora no verão a água possa ser mais escassa.
Cenário de filme
Aviste o vale do rio a partir o panorâmico miradouro das Rocas. Da cascata do Arado parte um caminho de imensa beleza: o trilho do Poço Azul. Inicia-se junto à escadaria que dá acesso à cascata do Arado e prolonga-se por perto de cinco quilómetros (10 com o regresso), boa parte à sombra de árvores frondosas.
O curso do rio Arado desde a nascente serrana até desaguar no rio Fafião, em Montalegre, dá origem a uma sucessão de cascatas dignas de filme. Todo o cenário é de uma beleza arrebatadora que merece ser apreciada, embora a plena comunhão com a natureza oferecida pelo trilho do vale Teixeira exija boa forma física, devido aos acentuados desníveis, subidas e descidas íngremes que encontra ao longo do percurso de 10 quilómetros. Para compensar, depara-se também com diversas lagoas de águas límpidas onde poderá, aqui sim, refrescar-se num mergulho. Pelo caminho, as imponentes montanhas rochosas contrastam com o verde da vegetação, o azul das águas e pontuado pelos currais e abrigos de pastores. Da terra para a água, pode aventurar-se em atividades radicais nas águas do rio Arado, nomeadamente canyoning, que pode praticar com a Latitude 41.
Banhado em três frentes pelo oceano, Portugal desfruta dos mais diversos cursos de água que são fonte de diversão, saúde, relaxamento e bem-estar. Nesta coleção oferecida com o Expresso ao longo de seis semanas, depois de “25 Rios e Lagoas Imperdíveis”, “Ilhas e Ilhéus”, “Termas e Spas”, fique a conhecer “Cascatas”, “Piscinas”, com destaque para as naturais, e “Praias – Marítimas e Fluviais” - o último guia da coleção oferecido a 20 de maio.
Cada “Guia da Água” tem mapas para facilitar a localização de cada sugestão, descrição do local, e recomendações para usufruir de cada um destes cursos de água da melhor forma, bem como indicações sobre trilhos, atividades e experiências nas imediações. Os livros estão divididos por quatro grandes regiões: Norte, Centro, Sul e Ilhas (Açores e Madeira).
Numa altura em que, a cada dia que passa a água é considerado um bem cada vez mais precioso, os livros também irão ter conselhos sobre as melhores formas de respeitar, preservar e poupar este elemento essencial.
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