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Dos Jerónimos a Macau: a singular história do Sexteto de Jazz de Lisboa, 40 anos depois

Foram dos Jerónimos a Macau, gravaram um dos mais importantes álbuns de jazz em Portugal na década de 80 e agora, com formação atualizada, celebram 40 anos de existência nos palcos e em estúdio. O supergrupo do jazz português está de volta e a história conta-se aqui

A primeira formação do sexteto, em 1984: Mário Laginha, Pedro Barreiros, Tomás Pimentel, Edgar Caramelo, Carlos Martins e Mário Barreiros
A Capital

Em maio de 1988, o Sexteto de Jazz de Lisboa ofereceu um importante contributo à discografia do jazz nacional. “Ao Encontro” afigura-se a todos os níveis como um registo absolutamente histórico: foi gravado no estúdio Angel 2 por José Fortes, um dos melhores engenheiros de som da indústria musical portuguesa; na produção executiva contava com Paulo Gil, nome incontornável da história do jazz nacional; e colocava diante dos microfones um ensemble de elite — Mário Barreiros na bateria, o seu irmão Pedro Barreiros no baixo, Mário Laginha no piano, Tomás Pimentel no trompete, Edgar Caramelo no saxofone tenor e ainda Jorge Reis no saxofone alto. A formação do grupo remontava, no entanto, a 1984, uma época em que a cena jazz do nosso país era radicalmente diferente da que hoje conhecemos. Quatro décadas volvidas sobre os primeiros concertos, o sexteto — com a formação ligeiramente alterada com a adição de Ricardo Toscano no saxofone alto (no lugar de Reis, falecido em 2014) e Francisco Brito no contrabaixo (substituindo Pedro Barreiros) — assinala agora 40 anos de atividade com uma pequena digressão que arranca segunda-feira no Teatro Tivoli, em Lisboa, e prossegue com uma apresentação no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha a 7 de novembro.