Em 2001, os Black Rebel Motorcycle Club, gente de óculos de sol e eletricidade na ponta dos dedos, apresentavam o hino não oficial de todo um movimento de regresso ‘garageiro’ a um cenário musical então demasiado polido: ‘Whatever Happened to My Rock’n'roll (Punk Song)' não ficaria no cânone como ‘Last Nite’, dos Strokes, ou ‘Seven Nation Army’, dos White Stripes, mas continha nela tudo o que interessava proclamar na chegada de um novo século: “I fell in love with the sweet sensation/ I gave my heart to a simple chord/ I gave my soul to a new religion/ Whatever happened to you?/ Whatever happened to our rock’n’roll/ Whatever happened to my rock’n’roll”. Nos quatro ou cinco anos seguintes, felicidade suprema, o rock and roll voltava da tumba. Quase um quarto de século depois, vive e é celebrado noutras paragens que não no Passeio Marítimo de Algés, este sábado, durante o concerto dos australianos Jet, banda que nessa fornada do ‘novo rock’ já assumia uma posição secundaríssima.
Exclusivo
A ‘tanga’ dos Jet no NOS Alive: não foi para isto que se fez o rock and roll
Formados em 2001 na eclosão do ‘novo rock’ que deu ao mundo bandas como White Stripes, Strokes, Black Rebel Motorcycle Club ou os Kills, os Jet chegam a 2025 tão velhos como o rock and roll – que, porém, vive, vibra e rejuvenesce noutras paragens. Sob o sol de fim de tarde no dia de despedida do NOS Alive 2025, os australianos não atearam fogo a uma plateia que até nem é estranha a estas eletricidades: faltou-lhes quase tudo, exceto ‘aquele’ êxito