Quando, há mais de dez anos, os Glass Animals editaram “Zaba”, o seu álbum de estreia, pouca gente suporia que a banda de Oxford se pudesse a vir a tornar num caso sério de popularidade. Afinal, a moda do indie ficou consignada à década dos zeros, e a música do quarteto nunca pareceu ser o género de coisa que empolgasse as massas: é pop, mas demasiado subtil, é rock, mas demasiado calado, é eletrónica psicadélica, mas demasiado estranha. Esta quinta-feira, no palco secundário do NOS Alive, que já os tinha acolhido em 2017, os Glass Animals mostraram que as perceções podem mentir à descarada - e que, aparentemente, o instinto não é páreo para o algoritmo.
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Glass Animals no NOS Alive: ninguém adivinharia, mas esta banda já é grande
O primeiro dia de NOS Alive ficou marcado pela enchente que os Glass Animals, provocaram no segundo palco do festival, por onde já tinham passado há oito anos. Culpa de um êxito do TikTok, mas também de uma música cheia de contenção: o psicadélico também é tântrico