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Eurovisão: porque é que há vários países a exigir uma auditoria ao televoto que colocou Israel em 2º lugar

Voltou a estalar a polémica na Eurovisão. Após a divulgação dos resultados do televoto, que mostrou que a canção mais votada pelo público foi ‘New Day Will Rise’, da israelita Yuval Raphael, várias emissoras europeias, com a espanhola RTVE à cabeça, exigiram uma auditoria às votações e a alteração do sistema de votação, que consideram estar a ser fortemente condicionada pelas posições em torno da guerra em Gaza. A discussão promete durar até 2026: explicamos-lhe o que está em causa

Corinne Cumming / EBU

Não esmorece a polémica em torno da edição de 2025 do festival da Eurovisão, que se realizou na semana passada em Basileia, na Suíça. Em causa está o grande número de votos atribuídos pelo público à canção israelita, ‘New Day Will Rise’, interpretada por Yuval Raphael, que terminou em segundo lugar nas votações finais, apenas atrás do austríaco JJ, o grande vencedor do concurso. A cantora israelita recebeu do televoto 297 pontos - ficando em primeiro lugar na votação aberta ao público - depois de ter recebido apenas 60 pontos da votação do júri (isto é, o cômputo das votações das representações nacionais a concurso). No total, foram 13 os países, Portugal incluído, a atribuir 12 pontos à canção israelita. Foi o segundo ano consecutivo que Israel, cuja presença no concurso tem sido fortemente contestada após o início de nova guerra em Gaza, venceu o televoto.