Qualquer relógio deveria indicar que são horas, uma vez mais, de escutar Mão Morta com atenção redobrada. E nem é necessário observar o mundo que se desmorona diante dos nossos olhos, “em direto para a televisão”; basta olhar para dentro de portas, para o extremar de discursos, para o empurrar das liberdades que tínhamos como certas contra a parede da intolerância. Em ‘Corre Corre Corre’, segundo tema do novo “Viva La Muerte!”, a urgência dos tempos guia a cada vez mais afiada caneta de Adolfo Luxúria Canibal: “Contra ti muita gente a gritar/ Uma imensa turba de gente/ Tensa com seu próprio vozear/ Num rancor mutante em ação/ Cego de raiva e pronto a matar/ A soltar a fera do medo/ Que nos faz a mente vomitar”.
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Duro, intenso, doloroso e livre: já ouvimos o espantoso novo álbum dos Mão Morta, “Viva la Muerte!”
Para os Mão Morta são horas de acordar. Alertando para os perigos dos totalitarismos, “Viva la Muerte!”, o álbum que a banda de Adolfo Luxúria Canibal lançará na próxima semana, junta música de intervenção e rock, um coro masculino e dadaísmo. É um disco fabuloso de uma banda sem cedências – que se prepara para seguir, novamente, para a estrada