You might stop the party but you can’t stop the future. A frase, presente em ‘Forward the Revolution’ (tema incluído no EP com o mesmo nome de 1992), define na perfeição o ethos dos Spiral Tribe, coletivo que marcou indelevelmente o espírito rave que se instalou no Reino Unido no início dos anos 90. Anarquistas, inconformistas, místicos, os Spiral Tribe foram responsáveis por alguns dos maiores eventos dessa era em que os sintetizadores e as máquinas de ritmos ameaçaram o monopólio das guitarras – e isto tendo como concorrente primário o grunge norte-americano –, marcando toda uma geração de festeiros e influenciando as seguintes.
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“Não olhamos para trás, apenas para a frente”: como as ‘raves’ ilegais animaram um Reino Unido cinzento
No final dos anos 80 e início dos anos 90, em Inglaterra, uma contracultura nasceu no ‘underground’, alimentada a música eletrónica de dança, a ‘ecstasy’ e a festas ilegais. O documentário “Free Party: A Folk History”, que será exibido quinta e sábado na edição deste ano do festival Porto/Post/Doc, conta como cresceram coletivos como os Spiral Tribe, sem os quais não se fariam hoje os grandes festivais de música eletrónica que reúnem ‘fiéis’ de todo o mundo. É uma história de anarquia, inconformismo, determinação e ilegalidade