É meia-noite em ponto e a Meo Arena, maior sala de espetáculos do país, que esta semana recebeu notícias importantes quanto ao seu futuro, está toda iluminada. Em palco, Pedro Abrunhosa e a incrível máquina de som que o acompanha, os Comité Caviar, preparam-se para abandonar pela primeira vez o altar onde, nas últimas duas horas e meia, fizeram a festa. Ou, como começou por explicar o seu timoneiro, onde se dedicaram a revisitar “Viagens”, disco que este ano celebra 30 voltas ao sol e que acaba de ser eleito por um júri reunido pela BLITZ como o melhor álbum português dos últimos 40 anos, mas também a “celebrar o futuro”. A proposta foi cumprida com brio: afinal, não só as dez canções de uma das mais marcantes estreias da música nacional voltaram ao palco - do qual, em muitos casos, nunca saíram - com a vitalidade da sua juventude, como Pedro Abrunhosa demonstrou que, apesar de não lançar álbuns de originais há meia-dúzia de anos (poderá voltar a fazê-lo em 2025), continua a marcar a música portuguesa com canções deste século que a Meo Arena - e, antes dela, o Pavilhão Rosa Mota, no Porto, em cinco noites esgotadas - canta com o mesmo fervor, ou até mais, que os clássicos de “Viagens”.
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A noite mágica de Pedro Abrunhosa na Meo Arena: como provar que, 30 anos depois, “Viagens” foi apenas o começo
No sexto e derradeiro concerto dedicado à revisitação de “Viagens”, álbum que este ano completa 30 anos e que um júri de figuras da música reunido pela BLITZ premiou como o melhor disco português dos últimos 40 anos, Pedro Abrunhosa cometeu a proeza de voltar ao passado, com brio e sem saudosismo, mantendo os pés no futuro. Escudado por uma banda magistral e um brilhante espetáculo de palco, deixou maravilhada a plateia da Meo Arena, no final de uma semana em que a maior sala de concertos do país recebeu notícias importantes quanto ao seu futuro