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Isto é uma missa do rock português e sábado é dia santo: a história e todas as imagens da grande festa dos Xutos & Pontapés no Porto

Ao longo de 30 canções, os parabéns aos Xutos cantaram-se em família e com a sensação que ainda não é tempo de abraçar a nostalgia. Poucas bandas podem orgulhar-se de ter tamanha longevidade que os fãs, adolescentes quando a viram pela primeira vez, podem passar agora o testemunho e o gosto pelo velho rock aos filhos. Pelo rock, e pelo ídolo de sempre. No dia em que faria 68 anos, Zé Pedro teve a esperada homenagem pelos camaradas de palco e pelo público do Porto, que recordou com alegria e comoção a vida do memorável guitarrista dos Xutos

RUI DUARTE SILVA

Quatro horas antes do concerto e já se vê a procissão no adro. Lenços vermelhos, t-shirts pretas, muitos casacos repletos de ornamentos, ‘picos’ e emblemas bordados. À porta do Queimódromo, no Porto, há bagageiras de carro abertas, de onde são distribuídas cervejas, quais bebidas energéticas para aguentar a noite. Mais tarde, Tim resumia a ocasião: “Isto pretende ser um encontro entre pessoas que gostam de música e que gostam de Xutos”. Mas, olhando para tantas famílias juntas, para os pregos e bifanas, para a fila no ‘merchandise’, para o mar de parafernália e as variações infinitas do icónico ‘X’, percebemos que isto não é um mero encontro: isto é uma missa do rock português e este sábado é dia santo.