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Burna Boy ‘em chamas’ no Meo Kalorama: o que começou morno acabou a ferver

O último dia de Meo Kalorama apadrinhou o regresso a Portugal de Burna Boy, força cultural na sua Nigéria natal e um dos mais bem-sucedidos artistas africanos da atualidade. Munido de canções e ‘afrobeats’, foi quando puxou pelo ritmo que tornou o Parque da Bela Vista num lugar em festa, como as despedidas devem ser

Burna Boy no Meo Kalorama
Rita Carmo

Uma bandeira de Cabo Verde brilha nas filas da frente. Quando um artista africano sobre a um palco ocidental, todos os filhos do continente o reconhecem e vincam a sua própria identidade, em abraço irmão. Quando esse artista é Burna Boy, tanto essa como qualquer outra bandeira das nações que compõem o continente não poderia faltar: falamos de um nigeriano que defende o pan-africanismo, a solidariedade entre todos os povos indígenas e da diáspora africana. E que é, porventura, o mais bem-sucedido da nova geração de artistas dali saído, homem internacionalmente reconhecido como um gigante das afrobeats (não confundir com o género musical popularizado por um outro nigeriano, Fela Kuti), um gigante cultural na sua própria terra e para todos os que sonham com o regresso à sua própria terra.