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Nouvelle Vague no Vodafone Paredes de Coura: um suavíssimo fim de tarde em memória de Olivier Libaux

Ao terceiro dia do festival de Paredes de Coura, à hora a que o sol se põe, os franceses Nouvelle Vague ofereceram tudo o que deles se esperava: versões suaves de clássicos do punk, do pós-punk e da new wave, dos Joy Division aos Dead Kennedys. Com eles, o que é amargo fica doce. No final de um concerto bem recebido por uma multidão de gente sentada, a homenagem a Olivier Libaux, membro-fundador do grupo, precocemente desaparecido em 2021. E a promessa de regresso para digressão nacional em dezembro

Nouvelle Vague no Vodafone Paredes de Coura
Rita Sousa Vieira

É uma banda paliativa, ao serviço do bem: desde 2003, os franceses Nouvelle Vague fazem pelo punk, pós-punk e new wave do final dos anos 70/início dos anos 80 o mesmo que as plantas artificiais fizeram pela decoração de interiores no mesmo período: substituíram a provisoriedade da realidade pela eternidade da réplica. No anfiteatro natural de Paredes de Coura, esta sexta-feira, a réplica não ofendeu, e o momento mais tocante ficou guardado para o final.