Uma batida é um ser vivo: nasce, cresce, torna-se icónica, nunca morre. Resiste no tempo e na memória, marca a história, não é uma estátua: reutiliza-se, revitaliza-se, apresenta-se aos novos que a contarão aos que hão de vir. Uma batida é futuro escrito na alma. A batida, esta noite, foi ‘Functions On The Low’, dos Ruff Sqwad, coletivo que no início do milénio ajudou a formar o grime, a música dos subúrbios ingleses por excelência, que funde rap com a dança jamaicana. Stormzy fê-la tocar bem alto no Super Bock Super Rock durante ‘Shut Up’, freestyle que se tornou já numa das suas canções mais icónicas. Claro. A culpa é da batida.
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O gigante Stormzy no Super Bock Super Rock: “Vamos lembrar-nos disto daqui a vinte anos”
O Super Bock Super Rock terminou com uma atuação de um dos maiores expoentes do ‘grime’, o rap inglês: Stormzy, que trouxe a Portugal um espetáculo curto mas imenso, rimas aceleradas e a batida perfeita, numa noite memorável. “Não interessa se não me conhecem, se vieram ver bandas rock, se não gostam de hip-hop: dêem-me energia e dou-vos tudo o que tenho”, disse. E cumpriu