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Blitz

Entrevista a MGMT: “Com ‘influencers’ a receber dinheiro de tabaqueiras, o mundo está todo lixado. Ninguém controla o ódio”

Deram-se a conhecer ao mundo com ‘Kids’, canção pop suprema. De 2007 até hoje, lançaram cinco álbuns – o mais recente, “Loss Of Life”, acaba de sair. Apesar do título, tudo é positivo, depois de “Little Dark Age” ter procurado dar voz aos medos da era Trump. “Foi a estratégia que encontrámos para sobreviver”, dizem em entrevista à BLITZ Andrew VanWyngarden e Ben Goldwasser. Uma conversa sobre música, o estado da sociedade e o que vemos no TikTok

Quem nunca ouviu ‘Kids’ que atire a primeira pedra. O mais provável é que todas as pedras do mundo ficassem quietas, no chão que habitam. Em 2007, os MGMT deram-se a conhecer ao mundo com um álbum, “Oracular Spectacular”, onde para além de canções destinadas a servir de banda-sonora para anúncios de operadoras telefónicas ('Time to Pretend') e monumentos electro-funk feitos a pensar em momentos sensuais com a cara-metade ('Electric Feel') se encontrava aquilo que os MGMT mais perto tiveram de um êxito pop. “Perto”? Não, ‘Kids’ foi de facto um êxito, a sua melodia replicada em imensas remisturas - algumas mais vitais que outras -, a sua felicidade a estampar nos rostos felicidade. Éramos miúdos, somos miúdos com uma canção como essa.