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Mike Shinoda (Linkin Park): “Foi fascinante, mas contranatura, ser tratado de uma certa forma só porque éramos famosos”

O mentor dos Linkin Park falou sobre a forma como o grupo lidou com a súbita fama, na viragem do milénio: “Se me perguntarem se preferia que a banda tivesse sucesso, mas não fôssemos reconhecidos [na rua], provavelmente diria que sim”

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Mike Shinoda assinou um artigo de opinião no jornal britânico “The Guardian”, no qual abordou a forma como os Linkin Park, banda que integrou, lidaram com a fama, após os lançamentos de “Hybrid Theory” (2000) e “Meteora” (2003).

Para o músico, “a fama nunca foi uma prioridade”, apesar de “ter acontecido”. Ao início, os membros do grupo faziam questão de se deixar fotografar todos juntos, ainda que, já nessa altura, fosse o falecido Chester Bennington o centro das atenções. “Queríamos que as pessoas soubessem que esta banda era formada por todos nós, não apenas pelos vocalistas”, explicou.

“Que os Linkin Park se tenham tornado conhecidos ou aclamados foi uma bênção. Mas, se me perguntarem se preferia que a banda tivesse sucesso e não fôssemos reconhecidos [na rua], provavelmente diria que sim”, continuou o músico. “Ser famoso foi sempre estranho, para mim. Foi fascinante, mas contranatura, ser tratado de uma certa forma apenas e só porque a nossa música era popular”.

O facto de os Linkin Park terem alcançado tamanho sucesso, depois de lhes ter sido que nunca o conseguiriam, é para Shinoda uma vitória. “Sentimo-nos vingados, especialmente pela ligação que tínhamos com os nossos fãs”, disse.

“À medida que a nossa carreira avançou, todos os membros do grupo se adaptaram de formas diferentes, mas tentámos sempre olhar uns pelos outros. Cada membro dos Linkin Park é academicamente inteligente, mas emocionalmente também”.