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António Garcez: “O meu pai ganhou a lotaria e aos 37 anos estava morto. Terei sido a pessoa mais pobre a envolver-se no rock em Portugal”

“Os meus pais divorciaram-se quando eu tinha 7 anos. O meu pai foi milionário durante 5 anos, aos 37 estava morto e eu nunca ganhei nada com isso. A minha mãe era tecedeira”, afirma no podcast Posto Emissor António Garcez, figura histórica do rock nacional, voz de grupos como Roxigénio e Arte & Ofício. “[Nos anos 60 e 70], o rock and roll [em Portugal] era elitista”

António Garcez
Rita Carmo

Figura de proa do rock em Portugal nos anos 70 e 80, António Garcez foi um dos mais intensos ‘animais de palco’ da ‘arte elétrica’ nacional: com os Pentágono tocou em festas de alta sociedade, em Arte & Ofício palmilhou palcos de todo o país, nos Roxigénio foi rocker duro e debochado… e depois desapareceu.

Recém-chegado dos Estados Unidos para gravar uma nova versão do single de 1982 ‘Onde É que Está o Capital’, o artista nascido há 75 anos em Matosinhos é o convidado desta semana do Posto Emissor, onde recordou os passos de afirmação no rock and roll em Portugal. “Eu devo ter sido a pessoa mais pobre que se envolveu no rock. Os meus pais divorciaram-se quando eu tinha 7 anos. O meu pai ganhou a lotaria, foi milionário durante 5 anos, aos 37 estava morto e eu nunca ganhei nada com isso. A minha mãe era tecedeira na Empresa Fabril do Norte”, afirma. “[Nos anos 60 e 70], o rock and roll [em Portugal] era elitista”, acrescenta.

Ouça a partir dos 21 minutos e 58 segundos: