Há muito que Sufjan Stevens se afirmou como um dos mais fascinantes escritores de canções e compositores da música independente norte-americana – vogando livremente entre intimismo folk, sumptuosidade orquestral e experimentação eletrónica –, mas, nos últimos anos, tem-se tornado também um dos seus artistas mais prolíficos. Apesar de nunca ter retomado o projeto de dedicar um álbum a cada um dos 50 estados do seu país, no qual estava inserido um incontornável “Illinois”, de 2005, a atividade musical intensificou-se desde que, há três anos, editou um desafiador “The Ascension”: no ano seguinte, saíram “A Beginner’s Mind”, disco colaborativo com Angelo De Augustine, e “Convocations”, registo ambiental criado depois da morte do pai e conceptualizado em torno dos cinco estágios do luto; em maio deste ano, chegou “Reflections”, parceria com o coreógrafo Justin Peck assinada ao lado dos pianistas Timo Andres e Conor Hanick.
Exclusivo
Sufjan Stevens canta as suas catástrofes em “Javelin”, um manifesto de luto e fé
Para o escritor de canções norte-americano, a dor é um impulso: dedicado ao namorado, falecido em abril deste ano, o novo álbum irrompe dela em busca de um lugar de conforto