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Quando o punk rock explodiu, Michael Grecco estava lá e viu tudo: entrevista com o fotógrafo que fixou a intimidade de uma revolução

Michael Grecco é hoje proeminente retratista de grandes ícones e celebridades – de Martin Scorsese a Kanye West ou Penélope Cruz – tendo assinado vistosas capas para a “Time”, “Rolling Stone” ou “Vanity Fair”, mas entre o final dos anos 70 e o início dos 80 documentou apaixonadamente o fenómeno punk e bandas como Cramps, Ramones, Clash ou Dead Kennedys. A exposição “Days of Punk”, que abriu recentemente portas em Cascais, é uma viagem no tempo: bem-vindos de volta à revolução, explicada por quem a viveu

Poison Ivy (The Cramps), Massachusetts, 1980
Michael Grecco Productions

Não são só as unhas pintadas de preto que sugerem que Michael Grecco aparenta muito menos do que os 65 anos que já conta. A t-shirt preta algo justa, o elegante corte de cabelo e os óculos de massa de design moderno contribuem igualmente para essa ideia. Nascido no Bronx no mesmo ano em que Elvis Presley lançou “King Creole”, Michael cresceu de ouvidos colados à rádio na era em que o rock and roll começou a dominar a imaginação de toda uma geração de “baby boomers”. Até 28 de janeiro expõe as suas fotografias no Centro Cultural de Cascais, numa exposição apropriadamente intitulada “Days of Punk”.