Não são só as unhas pintadas de preto que sugerem que Michael Grecco aparenta muito menos do que os 65 anos que já conta. A t-shirt preta algo justa, o elegante corte de cabelo e os óculos de massa de design moderno contribuem igualmente para essa ideia. Nascido no Bronx no mesmo ano em que Elvis Presley lançou “King Creole”, Michael cresceu de ouvidos colados à rádio na era em que o rock and roll começou a dominar a imaginação de toda uma geração de “baby boomers”. Até 28 de janeiro expõe as suas fotografias no Centro Cultural de Cascais, numa exposição apropriadamente intitulada “Days of Punk”.
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Quando o punk rock explodiu, Michael Grecco estava lá e viu tudo: entrevista com o fotógrafo que fixou a intimidade de uma revolução
Michael Grecco é hoje proeminente retratista de grandes ícones e celebridades – de Martin Scorsese a Kanye West ou Penélope Cruz – tendo assinado vistosas capas para a “Time”, “Rolling Stone” ou “Vanity Fair”, mas entre o final dos anos 70 e o início dos 80 documentou apaixonadamente o fenómeno punk e bandas como Cramps, Ramones, Clash ou Dead Kennedys. A exposição “Days of Punk”, que abriu recentemente portas em Cascais, é uma viagem no tempo: bem-vindos de volta à revolução, explicada por quem a viveu