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João Grande (Taxi): “No Porto não havia nada. Não havia sequer raparigas para namorarmos. As nossas noites eram passadas nos cafés”

Convidado do Posto Emissor em junho, João Grande recordou o Porto de final dos anos 70, de onde surgiram nomes como os seus Taxi, GNR e Rui Veloso, fulcrais no ‘boom’ do arranque da década seguinte: “Não tínhamos nada para fazer, por isso formámos bandas.” Este sábado, os Taxi atuam na cidade natal, no festival Rock à Moda do Porto

João Grande, dos Taxi

João Grande, vocalista dos Taxi, foi em junho convidado do podcast Posto Emissor. O artista nascido no Porto em 1954 desfiou memórias de meio século de música.

Recordando o período que antecedeu o ‘boom’ do rock português, para o qual a cidade do Porto ‘forneceu’ inestimável contributo, dando a conhecer os próprios Taxi, mas também GNR, Jafumega, Trabalhadores do Comércio e, com mais mais relevo, Rui Veloso, João Grande atribui esta variedade e vitalidade da cena musical da Invicta à ausência de distrações.

“Aqui no Porto não havia nada. Não havia sequer raparigas para namorarmos. As nossas noites eram passadas nos cafés”, sublinha o vocalista dos Taxi, que este sábado atuam na cidade natal, no festival Rock à Moda do Porto, na Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota. “Não tínhamos nada para fazer e isso levou-nos a formar conjuntos. Nos anos 70, [nas minhas bandas] fazíamos versões de Pink Floyd, Genesis, Supertramp... Não era parecido, era igual. Tocávamos tal e qual”.

Ouça a resposta completa a partir dos 18 minutos e 44 segundos: