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Como um festival de música nascido no Brasil virou cenário de terror em Israel: as vítimas portuguesas e os testemunhos dos sobreviventes

A edição israelita do festival de trance psicadélico de origem brasileira Universo Paralello foi um dos alvos mais sangrentos do ataque surpresa do Hamas a Israel. Duas luso-israelitas foram mortas no recinto em Re’im, perto da Faixa de Gaza, bem como um dos organizadores, acreditando-se que grande parte dos cidadãos estrangeiros assassinados e raptados pelo grupo islamista palestiniano estivessem no festival. Quem eram estas pessoas e o que viveram num dos dias mais negros da música?

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O festival de trance psicadélico Supernova Sukkot, que decorria no passado sábado perto do ‘kibutz’ de Re’im, a pouco mais de cinco quilómetros da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, tornou-se cenário de um dos maiores massacres civis da história de Israel. O ataque ao evento por parte do Hamas resultou em mais de 260 vítimas mortais, entre as quais duas luso-israelitas, e muitos outros desaparecidos, vários, se não a maioria, oriundos de diversas partes do mundo. O festival, primeira edição israelita do brasileiro Universo Paralello – criado no início dos anos 2000 por DJ Swarup, pai de DJ Alok –, reunia mais de 3500 pessoas, em grande parte jovens, não sendo certo, contudo, que o número de presentes fosse tão elevado à hora do ataque do Hamas, 7 da manhã locais.