Julian Casablancas criticou as declarações de Matty Healy, dos 1975, que levaram a banda britânica a ser banida da Malásia.
O músico, recorde-se, insurgiu-se contra as leis anti-LGBTQ+ em vigor na Malásia, durante uma atuação no festival Good Vibes. “Não vejo razão para se convidar os The 1975 para tocarem aqui, para depois nos dizerem com quem é que podemos ter relações sexuais", afirmou.
O festival foi de imediato cancelado pelo Ministério das Comunicações da Malásia, e os The 1975 proibidos de voltar a entrar no país. Do cartaz do Good Vibes também faziam parte os Strokes, que se viram assim impedidos de atuar.
No Instagram, Casablancas afirmou que as ações de Matty Healy serviram apenas para “consciencializar as pessoas brancas no exterior”.
“Se olharmos bem, isto não irá mudar nada na Malásia”, disse. “É como dizer que ajudámos a consciencializar as pessoas em relação às injustiças na Coreia do Norte. A pressão do Twitter não vai servir para nada neste caso. Eles estão-se nas tintas, o governo tem um peso muito forte”.
Embora admitindo que a atitude de Matty Healy foi positiva, o vocalista dos Strokes acrescentou: “tens de conhecer as culturas com as quais não tens afinidades, e respeitá-las”.
“Há muitas coisas a consertar, mas temos que ser estratégicos. Aquilo é um mundo diferente. Não faz parte do trabalho dele tentar consertar as coisas e depois pisgar-se”.
“Se ele fosse preso, ‘respect’. Mas voltou em primeira classe”, rematou. “Dizer que ele foi um herói é um bocado complexo de gente branca”.