Aos 51 anos, Tom Barman, eterno frontman da banda dEUS, atende-nos a ‘chamada’ Zoom com uma energia pouco compatível com a hora: pouco passa das 10h da manhã, mas o belga está num dos seus locais favoritos, Portugal, onde passa “pelo menos três ou quatro meses por ano”. Entusiasmadíssimo com a temperatura que se avizinha para dali a poucos dias — “Vão estar 16º no fim de semana!” —, este velho amigo do público nacional, a quem não poupa elogios (“As pessoas aqui quando gostam, gostam a sério”), mostra-se também excitado com o regresso ao Coliseu de Lisboa, marcado para 2 de abril. Antes, chega “How To Replace It”, o oitavo álbum dos dEUS, primeiro desde “Following Sea”, editado há mais de dez anos. Apesar do longo intervalo entre álbuns, a existência da banda nunca esteve em causa: “Quando um grupo existe há quase 30 anos, temos de fazer estas pausas”, argumenta. “Eu quis fazer outras coisas: dediquei-me à fotografia e à minha banda jazz, os TaxiWars. O Klaas [Janzoons, violinista e teclista] abriu um restaurante... Também escrevi o meu segundo filme, para o qual estamos à procura de financiamento. A dúvida nunca foi ‘se’, mas ‘quando’ voltaríamos”, afiança. “Começámos a falar em 2018 e em 2019 pusemo-nos a trabalhar. Depois, vieram a digressão [de 20º aniversário do álbum] ‘The Ideal Crash’, a covid... O tempo foi passando, mas nunca pensámos parar.”
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