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Pedro Abrunhosa à conversa com Marques Mendes: “O parlamento tem de se pronunciar porque é uma ingerência na soberania nacional”

O músico, alvo de críticas por parte da Embaixada da Rússia após um concerto em Águeda em que mostrou a sua oposição às políticas de Putin, disse num evento da Caixa Geral de Depósitos que deseja que a Assembleia da República, e não apenas o Governo, se pronuncie sobre o assunto

SIC (vídeo)

Pedro Abrunhosa quer que os partidos tomem uma posição em relação ao comunicado da embaixada russa, que entende como intimidatória. O músico, que esteve à conversa com Marques Mendes, esta terça-feira, num evento promovido pela Caixa Geral de Depósitos, afirmou à saída que “o parlamento tem de se pronunciar porque é uma ingerência na soberania nacional”, referindo-se às críticas que recebeu da Embaixada da Rússia após um concerto em Águeda em que mostrou a sua oposição às políticas de Putin.

Antes, em diálogo com Abrunhosa, o comentador político Marques Mendes condenou as ameaças da Rússia a um músico português e defendeu que “há momentos em que é preciso fazer essa doutrina para sublinhar que liberdade e democracia são valores tão importantes que às vezes se exige a convicção de cortar a direito quando há comportamentos desta natureza”.

Numa pequena atuação ao piano, Abrunhosa interpretou o seu tema 'A.M.O.R.', de 2013, que conta com os versos "O meu Deus não usa balas nem se explode na multidão/ O meu Deus não usa ferros nem se esconde na santa Inquisição".

No final da semana passada, o governo repudiou o “tom e conteúdo” do comunicado da Embaixada da Rússia sobre Pedro Abrunhosa, "através dos canais diplomáticos".

Recorde-se quo o grupo parlamentar da Iniciativa Liberal propõe que a Assembleia da República manifeste “o seu mais veemente protesto” contra o comunicado da Embaixada da Federação Russa.