PSD e o CDS-PP comprometeram-se hoje a preparar, além das bases programáticas do futuro Governo, um acordo-quadro de colaboração política de modelo semelhante ao que Durão Barroso e Paulo Portas assinaram em 2002.
Clique para aceder ao índice do especial Portugal 2011 No dia 28 de março de 2002, nove dias antes da posse do XV Governo, de coligação entre PSD e CDS-PP, os presidentes dos dois partidos, Durão Barroso e Paulo Portas, assinaram num hotel de Lisboa um documento intitulado "Convergência democrática para um Governo de legislatura". Em termos de cooperação parlamentar, esse acordo entre o PSD e CDS-PP estabelecia como princípio a "votação solidária" em matérias como o Programa de Governo, moções de confiança e de censura, orçamentos e grandes opções do plano, iniciativas legislativas do executivo, leis e resoluções que requeressem maioria absoluta ou qualificada. O PSD e o CDS-PP ficavam ainda obrigados a "garantir a informação e consulta prévia em todas as iniciativas legislativas de qualquer dos partidos", a "abster-se de apresentar qualquer iniciativa parlamentar que colida com a atividade do Governo" e a "desenvolver os melhores esforços no sentido de procurar viabilizar" as respetivas "iniciativas parlamentares". A "permanente articulação entre as direções dos respetivos grupos parlamentares" estendia-se também às "eleições dos órgãos internos da Assembleia da República, bem como dos órgãos externos à Assembleia da República em que esta se deva fazer representar".