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Grândola quer acomodar duas vezes mais camas turísticas do que o número da população residente atual

O Município articulou-se com os concelhos vizinhos de Odemira e de Santiago do Cacém para acomodar 20% de camas aprovadas em excesso face ao admitido no Plano Diretor Municipal (PDM). Porém, no final, se tudo o que está na calha for construído, prevêem-se mais do dobro das camas turísticas já construídas, em construção ou licenciadas

Tiago Miranda

Há cerca de dois anos que a Câmara Municipal de Grândola tenta enquadrar no seu território o excesso de camas turísticas aprovadas em sede de pedidos de informação prévia (PIP). Esta segunda-feira, colocou em discussão pública uma proposta de alteração do Plano Diretor Municipal (PDM) que prevê encaixar mais 6.359 camas (por licenciar) para chegar às 17.153 incluídas na nova proposta.

Este número resulta de “um acordo de redistribuição interconcelhia da intensidade turística”, assinado entre os municípios de Grândola, Santiago do Cacém e Odemira, em articulação com a Comissão de Desenvolvimento Regional e o Turismo de Portugal, que prevê “um aumento de 20% do número de camas, face ao limite previsto no PDM”, informa o município nos documentos colocados em consulta pública. Esta decorre durante 40 dias até 7 de outubro.