Ativistas do Climáximo, coletivo pela justiça climática, pintaram esta terça-feira a fachada do hotel Marriott, em Lisboa, onde decorria uma conferência da associação Eurogas.
Agregando dezenas de empresas de distribuição de gás natural (incluindo as portuguesas Floene e Portgás), a Eurogas escolheu Lisboa para a realização de uma conferência especificamente debruçada sobre o papel dos gases renováveis na transição energética.
Os ativistas “interromperam a sessão que decorria no interior porque as empresas que englobam a Eurogas são culpadas pela morte de milhões de pessoas, segundo as últimas investigações sobre mortalidade da crise climática”, afirma Mariana Rodrigues, porta-voz no local da Climáximo, citada num comunicado enviado às redações.
O coletivo acusa ainda as empresas que fazem parte da Eurogas de “quererem atingir a neutralidade carbónica por meio de magia e truques de contabilidade, pois não apresentam qualquer plano viável para acabar com o gás fóssil”.
Mariana Rodrigues critica também o facto de nenhuma destas empresas ter planos para reduzir a produção de “gás fóssil”, vendendo, em vez disso, “falsas promessas de transição como o hidrogénio, que não está associado a qualquer corte de emissões”.
O coletivo pela justiça climática apela ainda à comparência na manifestação de dia 9 de dezembro, pelas 14h, no Saldanha, em Lisboa, para definir as prioridades do movimento para o próximo ano.