Ambiente

Ativista do grupo Climáximo cola-se a um avião da TAP: “Isto é atirar gasolina para uma casa em chamas” (COM VÍDEO)

Grupo acusa as companhias aéreas de "estar a matar descaradamente milhares de pessoas com voos inúteis" e "condenar à morte mais pessoas em Portugal" com voos de curto alcance

Dois ativistas do grupo Climáximo colaram-se, esta quarta-feira, a um avião da TAP que ia realizar a viagem Lisboa-Porto. O grupo acusa a indústria de "estar a matar descaradamente milhares de pessoas com voos inúteis".

Num comunicado enviado às redações o grupo afirma que as emissões são "absurdas, mortíferas" e "completamente desnecessárias".

A ativista, filmada dentro do avião, declara que a situação é inadmissível e que “isto é atirar gasolina para uma casa em chamas” e questiona-se “como é possível que o nosso governo e as nossas empresas permitirem que estes voos [Lisboa-Porto] aconteçam”.

"Este tipo de voos inúteis tem de ser a primeira coisa a ser travada na indústria genocida da aviação, incentivada pelo nosso Governo a continuar a sua expansão", disse Alice Gato, membro do grupo.

“O nosso governo não só continua a atirar gasolina para a fogueira, como ainda atira areia para os nossos olhos. Em Portugal há hoje menos ferrovia que no século passado, encerraram-se mais de 100 estações quando nós precisamos de transportes públicos renováveis, gratuitos e de qualidade. Eles não têm qualquer plano para garantir a nossa sobrevivência. Se estamos entregues a governantes que conscientemente condenam milhares à morte, temos o dever de resistir”, acrescenta.

O coletivo responsável por este protesto tem realizado outros protestos problemáticos nas últimas semanas, nomeadamente o bloqueio da segunda circular e atirar tinta a um quadro de Picasso no CCB. Os jovens do grupo não tencionam parar com os protestos enquanto as suas reinvindicações não forem ouvidas.