O comprimento médio de uma molécula de Ácido Desoxirribonucleico (ADN) não vai além dos 2,5 nanómetros (NM). Possivelmente não dá para uma visualização sem microscópio, mas supera os dois NM que distinguem a nova arquitetura de processadores da IBM. A nova arquitetura recordista ainda não tem data de lançamento agendada, pois trata-se apenas de uma prova de conceito, mas a marca americana garante ter um desempenho 45% superior — ou se se preferir, um consumo de energia 75% inferior — ao alcançado pela anterior arquitetura, que tinha chegado aos sete NM.
Com a miniaturização alcançada, torna-se possível introduzir 333 milhões de transístores num único milímetro quadrado. O que é mais do dobro dos 127 milhões de transístores que a Samsung consegue colocar num chip de cinco NM. O anúncio da IBM é também um sinal da louca corrida da nanoescala: no final de 2021, a TSMC deverá começar a produzir chips de quatro NM. A marca de Taiwan prevê iniciar a produção de chips de três NM em 2022, mas refere que as arquiteturas de NM ainda estão em desenvolvimento. A Intel, que dominou a informática durante anos, ainda não passou dos sete NM. No circuito, há quem admita que a nova arquitetura de chips ainda vai demorar anos a chegar — a menos que a concorrência acelere o processo.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.