"Há algo de reconfortante em ver que, mesmo com todas as conspirações, o mundo continua a girar". A afirmação é do novo homem-forte dos serviços secretos portugueses, Vítor Sereno, 53 anos, declarada ao "Diário de Notícias" num inquérito de verão. Três meses antes de ser nomeado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro para o cargo de secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), o então embaixador de Portugal no Japão já anunciava que a sua série favorita era a "Segurança Nacional" - que ficciona os bastidores da CIA e da luta contra o terrorismo - e que se pudesse viver num filme seria a "Missão Impossível", um franchise de Hollywood que se confunde com o herói, protagonizado por Tom Cruise.
Exclusivo
O novo chefe dos espiões é o "relações públicas" com a "irreverência" que faltava aos serviços de informações
Vítor Sereno é descrito profissionalmente como um "diplomata operacional", "orientado para a ação", com experiência em terrenos difíceis. Pessoalmente é descrito como um "porreiraço" e até um “pintas”, muito longe do perfil mais cinzento dos antecessores. Politicamente esteve já nos governos PS e PSD, sendo próximo de Miguel Relvas, de que quem foi chefe de gabinete