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Religião

O Papa Francisco equiparou as relações homossexuais ao casamento ou foi um documento para alemão ver? E porque usou a palavra casal?

Embora tenha sido apresentado como uma grande mudança, a verdade é que o documento Fiducia Supplicas em si não traz nada de substancialmente novo. Porque uma coisa é a bênção litúrgica, outra é a bênção informal
Buda Mendes

Filipe d'Avillez

O documento “Fiducia Supplicans”, ou “confiança suplicante”, publicado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé na segunda-feira, 18 de Dezembro, voltou a lançar no mundo católico a discussão sobre a homossexualidade e o papel das pessoas homossexuais na vida da Igreja.

Embora tenha sido apresentado em muitos meios de comunicação social como uma grande mudança, a verdade é que o documento em si não traz nada de substancialmente novo em relação a outro documento publicado em outubro, no qual o Papa respondeu a algumas questões colocadas por cardeais, incluindo sobre este assunto.

O que Francisco disse na altura, e reafirma agora, é que pessoas em uniões homossexuais, bem como outras pessoas em relações canonicamente irregulares – o que inclui heterossexuais que vivem juntos sem serem casados, seja por opção, seja por estarem impedidos de casar pela Igreja – podem pedir e receber bênçãos, mas que essas bênçãos nunca devem ser confundidas com um casamento.