Quase oito em cada dez pessoas em Portugal consideram-se católicas. Apontaram-no nos Censos de 2021, naquela que foi uma resposta de cariz voluntário, mas cuja taxa de resposta é robusta o suficiente para ser fiel à realidade – e que intrigou os investigadores. Pode um país da Europa, com um regime liberal e em plena globalização continuar a ter uma influência religiosa desta magnitude? Sim. E não.
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Somos um país muito católico? Sim, mas esse “peso vive à custa de uma população muito envelhecida” e os não crentes duplicaram numa década
Há três fenómenos a esculpir a realidade religiosa portuguesa. Se por um lado, dos países europeus historicamente católicos, somos o que mais conserva o domínio do catolicismo, por outro lado, vivemo-lo de forma muito heterogénea de região para região. E, sobretudo, somos cada vez mais ateus, agnósticos ou indiferentes