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Religião

Somos um país muito católico? Sim, mas esse “peso vive à custa de uma população muito envelhecida” e os não crentes duplicaram numa década

Há três fenómenos a esculpir a realidade religiosa portuguesa. Se por um lado, dos países europeus historicamente católicos, somos o que mais conserva o domínio do catolicismo, por outro lado, vivemo-lo de forma muito heterogénea de região para região. E, sobretudo, somos cada vez mais ateus, agnósticos ou indiferentes

Joaquim Mário fita a “luzinha acesa” da webcam, tentando iluminar os dias cinzentos da meia centena de pessoas que seguem em direto mais uma liturgia virtual
RUI DUARTE SILVA

Quase oito em cada dez pessoas em Portugal consideram-se católicas. Apontaram-no nos Censos de 2021, naquela que foi uma resposta de cariz voluntário, mas cuja taxa de resposta é robusta o suficiente para ser fiel à realidade – e que intrigou os investigadores. Pode um país da Europa, com um regime liberal e em plena globalização continuar a ter uma influência religiosa desta magnitude? Sim. E não.