Alguém se lembra do "teclar" ruidoso das máquinas de escrever? Da sua letra bem desenhada? Ou, ainda, da "tragédia" que era fazer um erro na folha de papel? Apesar de todas as limitações das máquinas de escrever, decerto que muitos escritores e jornalistas têm boas memórias deste engenho que nasceu em 1867, nos Estados Unidos. Mas os tempos mudam e, na verdade, a máquina de escrever tornar-se-á apenas uma recordação. Ou um motivo de atração nos antiquários e museus.
A Godrej & Boice, última resistente na produção de máquinas de escrever, decidiu terminar a produção, no final de abril. "Não estamos a receber muitas encomendas. Até 2009, costumávamos produzir entre 10 a 12 mil máquinas por ano", afirma o diretor executivo da empresa, Millind Dukle. No entanto, a supremacia dos computadores e do digital começou a dificultar a comercialização das máquinas de escrever, verificando-se um declínio de vendas cada vez maior. No ano passado, refere Dukle, foram comercializadas menos de 800, fato que levou a empresa a parar com a produção.
Atualmente, restam umas centenas de máquinas nos stocks da empresa. Os saudosistas destas máquinas analógicas podem ainda adquirir uma, na Godrej & Boice.