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No final da rua de São Bento há mais consenso no Copo Largo do que no palácio parlamentar

Local descontraído, comida portuguesa e preços abordáveis. Fortunato da Câmara escreve sobre o restaurante Copo Largo

joão girão

A existência é curta, mas é comentado em surdina por quem anda para os lados de São Bento. É tema longe da política. A grande casa da democracia, que tem morada no início da rua onde mora a Assembleia da República, tem por estes dias a legislatura com os meses contados. Em vez de 33, que se for número percentual da escolha eleitoral de 10 de março, irá aquecer os ânimos no definhar do inverno em busca dos sempre apregoados consensos, temos de contar até 333, e rumar pela artéria de São Bento acima até encontrar uma porta com outros pontos consensuais. Local descontraído, comida portuguesa e preços abordáveis.

É esta a proposta do Copo Largo, que apresenta a lista escrita numa ardósia visível para toda a sala (há um espaço contíguo para um pequeno grupo). A decoração é simples e utilitária, sendo marcada por um painel de risco elegante a traço negro, com diversos animais (peixe, aves, caça, bovinos, porcinos, etc.) em poses divertida ou introspetiva num jantar convivial, remetendo para a variedade de proteínas que ali se pretende tratar. E se o início deu um sinal diferenciado na “Manteiga de anchova” (€2), levemente batida, leves notas anchovadas do peixe curado e sal bem balanceado, o primeiro petisco foi logo indicador da vertente mais criativa da casa.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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