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Justiça

“António Costa interpretou o parágrafo como lhe deu jeito, usou-o como pretexto para se demitir. Tenho a certeza que a PGR foi surpreendida”

O presidente do Sindicato dos Magistrados do MP considera que António Costa não tinha de se demitir só porque está a ser investigado e que o célebre último parágrafo do comunicado da PGR foi usado como “pretexto”. Para Adão Carvalho, tanto a PGR como o procurador que investiga a Operação Influencer foram “apanhados de surpresa” com a demissão do primeiro-ministro

Adão Carvalho, presidente do sindicato dos magistrados
José Fernandes

O Ministério Público é responsável pela demissão de António Costa e pela queda do Governo?
Na minha perspetiva, não. O primeiro-ministro é advogado, foi ministro da Justiça e sabe que a mera suspeita de um crime terá sempre de dar origem a um inquérito judicial. Neste caso, o Ministério Público não poderia fazer outra coisa senão abrir um inquérito para saber se o que é invocado por terceiros aconteceu mesmo.