Pedro Magalhães Ribeiro, ex-assessor de António Costa, vai responder em tribunal por crime de ofensa a pessoa coletiva. O ex-autarca do Cartaxo referiu-se, numa reunião camarária em 2020, aos membros do partido de André Ventura como “os neonazis do Chega”.
O assunto remonta a 2020, numa reunião camarária pública e transmitida em direto nas redes sociais. O então presidente da câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, desviou-se da questão sobre a internet nas escolas para falar da gestão da pandemia por parte do governo.
A este comentário o Chega apresentou uma queixa-crime por ofensa a pessoa coletiva.
Inicialmente o Tribunal do Cartaxo mandou arquivar o processo, mas o Tribunal da Relação de Évora decidiu em sentido contrário. Ao Correio da Manhã,
o socialista diz-se tranquilo e esclarece que, no comentário, não se referia a todos os membros do partido liderado por André Ventura.
O processo contra o Chega pode levar a uma pena de prisão até seis meses ou a uma multa de até 240 dias.
Pedro Ribeiro já tinha sido condenado em janeiro
Em janeiro, o antigo assessor de António Costa já tinha sido condenado por ter violado os deveres de neutralidade e imparcialidade durante as eleições de 2021.
A decisão levou a que se demitisse da função de assessor do primeiro-ministro, para a qual foi indicado um ano antes.