Cerca de 600 mil pessoas vão estar em confinamento durante a primeira semana de janeiro, apontam especialistas que aconselham o Governo em relação à pandemia. A informação é avançada pela CNN Portugal: “Nessa altura, deverão estar em isolamento três vezes mais pessoas do que estão agora, que são 200 mil”, diz Óscar Felgueiras, matemático na Universidade do Porto que aconselha o Executivo de António Costa.
Destas 600 mil pessoas, cerca de 300 mil vão dizer respeito a doentes infetados com SARS-CoV-2 e os restantes serão pessoas consideradas contactos de risco e que terão, por isso, de ficar em vigilância. “São valores a uma escala nunca vista”, alerta Felgueiras.
‘“São números nunca vistos”, corrobora, por sua vez, o matemático Carlos Antunes. “Cerca de 6% da população estará em confinamento porque tem covid ou teve contacto com alguém com o vírus”, explica o especialista da Universidade de Lisboa. Antunes lembra que o valor do R(t) - o número de infeções que uma pessoa com covid-19 pode provocar - nunca foi tão elevado como agora. No entanto, Carlos Antunes acredita que este valor vai ter uma “estabilização” no futuro: “É o que está a suceder noutros países”, garante.
Neste momento, há estudos que apontam que a nova variante Ómicron pode ser até cinco vezes mais transmissível que a variante Delta. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral de Saúde, a 7 de janeiro de 2022 vão ser detetados um mínimo de 37 mil casos de covid-19 em Portugal.