Os números da pandemia estão a aumentar e essa é uma tendência que só se vai acentuar. Mas estes números devem ser apenas o começo de uma nova onda pandémica em que se prevê que “o recorde de casos registado em janeiro seja batido pela nova variante”, como o Expresso já tinha noticiado na semana passada.
“Estávamos a chegar ao pico da variante Delta em meados de dezembro e a Ómicron veio-se sobrepor a essa onda epidemiológica. Com isto antevê-se que haja também um ritmo crescente e exponencial do número de casos”, explica o matemático Carlos Antunes.
“Estamos a considerar cenários um pouco otimistas, uma vez que temos uma cobertura vacinal muito superior à de Inglaterra e ligeiramente superior à da Dinamarca [países onde já foram reforçadas medidas restritivas]. Pensamos que isso pode atenuar a medida de propagação da Ómicron. Mesmo assim, num prazo de 15 dias podemos ultrapassar o pico de janeiro (de 2021) quando 16 mil casos foram reportados num dia.”
Face a estes números e previsões, surge a questão das medidas apropriadas a adotar. Este domingo, o antigo diretor de serviços de Informação e Análise da DGS, André Peralta Santos, defendeu no Twitter que “estamos a cometer os mesmos erros do Natal passado” e sublinhou a urgência de tomar medidas não farmacológicas.