Os alunos até ao 6.º ano, onde a maioria não foi vacinada e não usa máscara, são os que têm sofrido mais com o isolamento. O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, considera, em declarações ao “Diário de Notícias”, que as crianças desta faixa etária são “as que estão a pagar a maior fatura da pandemia neste momento".
“Quem está a ir para casa são os alunos que não têm armas e defesas para combater o vírus. E são também os alunos que mais precisam de estar na escola porque têm menos autonomia. Os que mais necessitam de ensino presencial. Estão a ser prejudicados a três níveis: nas aprendizagens, no bem-estar emocional e na socialização", acrescenta o presidente ANDAEP, que salienta ainda que a aumento dos casos “não é culpa das escolas, mas sim da sociedade”.
O presidente do Conselho Executivo da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Jorge Ascenção, diz que “estão a diabolizar as escolas como se fez no passado". "Está-se a encerrar porque houve um caso e chama-se a isso surto. Se forem fazer mais testes, se calhar não há mais casos. E cola-se esse perfil às escolas”. “A decisão está a ser a de encerrar a turma e a considerar um surto”, o que, na opinião de Jorge Ascenção, “faz desacreditar as vacinas”.