Coronavírus

Ómicron. Governo organiza voos de repatriamento a partir de Moçambique e “acompanha” situação na Suíça

Em entrevista ao “Expresso da Manhã”, a secretária de Estado das Comunidades revela que dois voos de repatriamento a partir de Moçambique “já estão praticamente cheios” e que estão a ser organizados mais. Quanto à Suíça, a governante solidariza-se com os emigrantes portugueses que já não poderão vir passar o Natal com a família. Em ambos os casos, há quarentena obrigatória por causa da variante do coronavírus

Berta Nunes, secretária de Estado das Comunidades Portuguesas

Os emigrantes portugueses na Suíça, África do Sul ou Moçambique têm novamente o Natal na terra em risco. No primeiro caso terão de fazer quarentena no regresso à Suíça, enquanto nos outros dois a medida aplica-se à chegada a Portugal. A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, revela que há dois voos de repatriamento a partir de Moçambique que “já estão praticamente cheios” e que estão a ser organizados mais. Quanto à Suíça, a governante diz que está “a acompanhar a situação” e solidariza-se com os emigrantes portugueses que já não poderão vir passar o Natal com a família.

Em entrevista ao mais recente episódio do “Expresso da Manhã”, que será disponibilizado esta quinta-feira, Berta Nunes sublinha que Portugal não está na lista vermelha da Suíça por causa da sua situação epidemiológica, que, de resto, “é melhor do que a da Suíça”. Portugal está nessa lista por terem sido detetados casos da variante Ómicron. Mas se, por um lado, a secretária de Estado lamenta a situação dos emigrantes que “provavelmente” já não virão passar o Natal no seu país de origem, por outro, também compreende as razões da Suíça, que está com sérias dificuldades no controlo da pandemia.

Apesar dos voos de repatriamento que estão a ser organizados a partir de Moçambique, Berta Nunes faz um sublinhado importante. Os emigrantes portugueses têm de fazer ou apresentar um teste negativo à entrada do avião, um outro à chegada ao aeroporto de Lisboa e, “independentemente de estar negativo ou positivo, têm todos de fazer quarentena”. Além dos voos de repatriamento, estão também a ser organizados com a TAP voos humanitários, acrescenta a governante.

Médica de formação, Berta Nunes reage também à ideia lançada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de discutir a obrigatoriedade da vacinação. Para a secretária de Estado, “essa será mesmo a última opção” e só deverá ser ponderada quando esgotadas todas as outras.