Coronavírus

O que muda nos aeroportos portugueses: pulseiras para passageiros com teste covid negativo, zona de chegadas interditada a não-passageiros

Medidas para os aeroportos já anunciadas pelo Governo na semana passada, e que entram em vigor a partir de quarta-feira, obrigam a que todos os passageiros vindos do exterior apresentem teste negativo. Empresa de segurança privada vai fazer o controlo sanitário dos passageiros. Aeroportos ficam vedados a quem não tem bilhete

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A partir da meia-noite desta quarta-feira (dia 1), todos os passageiros de voos internacionais que aterrem nos aeroportos nacionais vão ter de apresentar um teste à covid-19 negativo - mesmo que possuam um certificado digital de vacinação válido. A medida, já anunciada pelo Governo, foi confirmada esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde e pela Aeroportos de Portugal (ANA), em conferência de imprensa no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Estas novas medidas serão aplicadas nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro e estarão em vigor pelo menos até 9 de janeiro.

Todos os passageiros provenientes de voos internacionais, independentemente de possuírem certificado de vacinação são obrigados a apresentar um teste negativo de diagnóstico à covid-19 no momento do embarque, sendo também uma exigência para todos os cidadãos residentes em Portuga

Existem exceções: os passageiros vindos de aeroportos nacionais ficam isentos de apresentar teste, tal como as crianças com menos de 12 anos, os tripulantes ou quem tiver tido Covid nos últimos seis meses.

Assim, todos os passageiros vindos de países que não fazem parte do Espaço Schengen terão de passar por um controlo sanitário antes ainda de apresentarem o passaporte - foi criada pela ANA uma zona para esse efeito. Este controlo vai ser levado a cabo por uma empresa de segurança privada, indicou Rui Alves, Presidente da ANA. Uma equipa contratada pela concessionária dos aeroportos para esse efeito.

No caso dos passageiros chegados de países pertencentes ao Espaço Schengen, o controlo sanitário será feito na “área pública de chegada”, já depois da alfândega. Para evitar um duplo controlo dos passageiros vão ser entregues pulseiras a todos que já tenham passado pelo controlo sanitário no interior do terminal - e essas pessoas serão assim retiradas dos percursos de controlo. Os passageiros domésticos, ou seja, vindos de outros aeroportos nacionais, também vão receber uma pulseira, mas de uma outra cor.

Coimas para quem chegar sem teste

Pedro Pinho, intendente da PSP, pediu a todos os viajantes que cheguem de avião a Portugal para terem pronta toda a documentação necessária (teste negativo) de forma a garantir a “fluidez” do processo. Além disso, o responsável lembrou que os passageiros que cheguem sem um teste negativo terão de fazê-lo, aguardar o resultado, e serão alvo de um auto de notícia (multa). A coima que pode ir de 300 euros a 380 euros para os passageiros e de 20 mil a 40 mil para as companhias aéreas.

Os aeroportos ficam por agora limitados apenas a quem vai viajar. O Intendente da PSP explicou ainda que os cidadãos que forem buscar os seus familiares e amigos aos aeroportos não vão ter acesso às áreas de chegada. E sugeriu que a espera de passageiros seja feita nos parques de estacionamento dos aeroportos, cujos acessos serão “facilitados”.