É a resposta à proposta da Comissão Europeia, que esta manhã - e de novo ao início da tarde - veio defender a suspensão de voos da África Austral e a aplicação de quarentenas aos passageiros que cheguem desta zona. Esta tarde, da reunião do Mecanismo Resposta Crise, que juntou os embaixadores dos 27, saiu o acordo para avançar rapidamente com restrições, incluindo a suspensão de voos. O objetivo é travar a propagação da nova variante B.1.1.529, que a presidente da Comissão Europeia já assumiu como preocupação.
"Os Estados Membros concordaram em introduzir rapidamente restrições em todas as viagens para a UE a partir de 7 países da África Austral: Botsuana, Eswatini (antiga Suazilândia), Lesoto, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Zimbabué", revelou na rede social Twitter um porta-voz da Comissão Europeia.
Ao pressionar com a ativação de um travão de emergência a estas viagens, Bruxelas tentou coordenar e acelerar a resposta, evitando o cada um por si. Vários países, incluindo a Alemanha, França e Itália tinham já anunciado que iriam suspender voos a partir da África do Sul e outros países vizinhos, agora, há o acordo dos restantes para avançar também nesse sentido.
Entre as medidas que podem ser aplicadas estão também testes e quarentenas, para além da suspensão de voos.
De acordo com várias fontes, os representantes dos 27 na reunião desta tarde estiveram unidos e de acordo em avançar com as medidas restritivas. No entanto, este entendimento não representa uma decisão de implementação automática, ou seja, cada país terá agora de agir, de acordo a lei nacional e avançar individualmente com as várias medidas: suspensão de voos, quarentenas ou testes.
Esta sexta-feira, António Costa tinha já admitido estar em contacto com Angola e Moçambique, para “tentar manter, na medida do possível, os voos” e “as melhores soluções que garantam a segurança de todos”. Para primeiro-ministro, “o risco de transmissão não se afere só por continentes, nem pelas variantes". Espera-se agora uma decisão final nacional, tendo em conta que a Moçambique está também na lista de sete países acordada hoje pelos 27 como devendo ser alvo de medidas restritivas.