Exclusivo

Coronavírus

Joana sentiu pouco mais do que umas dores no corpo. Duas adolescentes, especiais e intrépidas, foram vacinadas e correu tudo bem

Madalena e Joana, com 15 e 14 anos, fazem parte de um grupo de adolescentes que foi considerado prioritário para a vacinação contra a covid-19. Madalena tem diabetes, Joana fibrose quística. Por decisão dos pais e das equipas médicas que as acompanham foram vacinadas porque mesmo com todos os receios “as vantagens são claramente superiores ao risco”, explica a mãe de Madalena. A a mãe de Joana acrescenta: “nunca houve dúvida alguma, até porque quem convive com este tipo de patologias tem obrigatoriamente que confiar na ciência em função da medicina”

Joana e a mãe, Madalena, no dia da vacinação
NUNO FOX

Nunca houve grandes dúvidas daquilo que aconteceria quando chegasse a possibilidade de Madalena Assunção ser vacinada. Tem 15 anos e diabetes tipo 1. A conversa sobre a vacina foi feita em casa com os pais. Procuraram informação, falaram com a equipa de médicos que acompanham a jovem desde que o diagnóstico chegou aos nove anos. “Pensámos algumas vezes nas imagens dos hospitais cheios de gente, das máquinas insuficientes para manter toda a gente viva e que os médicos em situação de crise têm de fazer escolhas. E se a escolha tivesse de ser entre salvar alguém saudável ou alguém com doença crónica…”. Susana Assunção, mãe de Madalena, não acaba a frase.

Este pensamento chegou umas quantas vezes às conversas da família. Não era frequente mas estava presente e, diz Susana, a vacina é a única forma até hoje que pode evitar chegar a esse extremo. “Consideramos tudo e as vantagens são claramente superiores ao risco.”