Coronavírus

Covid. Gouveia e Melo estabelece prazo para a imunidade de grupo em Portugal: entre a terceira e a quarta semana de setembro

Coordenador da task force de vacinação revela ainda que em meados de setembro vão começar a ser desmantelados os centros de vacinação contra a covid-19, com o processo de vacinação a ser concentrado mais nos centros de saúde

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Ainda não é certo se é possível atingir a imunidade de grupo, "mas se ela for atingida é de certeza acima dos 85%" de população vacinada contra a covid-19, diz o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo. Em entrevista ao telejornal da RTP, esta quinta-feira à noite, o coordenador da task force para o plano de vacinação esclareceu que, com a variante Delta, a meta dos 70% já "não se confirma".

A Delta tem uma capacidade de propagação muito superior às variantes anteriores, explicou. Por isso, "precisamos de vacinar no mínimo até aos 85% da população" com as duas doses, o que deverá acontecer no final de setembro, em concreto entre a terceira e a quarta semana, adiantou Gouveia e Melo.

Na entrevista à RTP, o vice-almirante aproveitou para fazer um apelo a todos os portugueses para comparecerem ao processo de vacinação. "O vírus não tira férias" e a imunização é importante "para tirar espaço de manobra a este vírus" e para "começar a viver normalmente".

Este apelo dirige-se especialmente às camadas mais novas da população. Mesmo entre os jovens, a infeção tem sempre um risco "que não é zero", lembrou Gouveia e Melo, acrescentando que é preferível ganhar imunidade através da vacinação do que forma natural (através da infeção).

O coordenador da task-force revelou ainda que em meados de setembro vão começar a ser desmantelados os centros de vacinação contra a covid-19, com o processo de vacinação a ser concentrado mais nos centros de saúde.

De acordo com os dados mais recentes, 70,6% da população portuguesa já tem o esquema vacinal completo (as duas tomas) e 77,6% já recebeu a primeira dose.