No mínimo, entre uma a duas semanas: este é o tempo que os vários sectores da economia precisariam para se adaptarem a novas restrições e regras de contenção da pandemia. Desde farmácias, restauração, hotelaria, cultura e serviços, a opinião é unânime: anunciar medidas à quinta-feira para entrarem em vigor logo nos dias seguintes não dá tempo suficiente aos profissionais para fazerem as alterações necessárias no terreno. No entanto, o Governo, em declarações ao Expresso, recusa para já alterar o seu calendário.
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Restauração, hotelaria, serviços e festivais pedem mais tempo para aplicar as próximas medidas contra a pandemia. Governo recusa a ideia
“O diálogo com o Governo existe mas parece um monólogo”: cansados de serem apanhados desprevenidos por novas medidas, vários sectores da economia portuguesa querem ser mais ouvidos na elaboração das mesmas. Mas também querem outra coisa: mais tempo entre o que é decidido no papel e a sua aplicação no terreno, porque “depressa e bem ninguém faz”. Ao Expresso, o Governo reconhece o problema - mas além de sugerir aos empresários que estejam atentos aos indicadores sanitários, não avança com qualquer solução