Alguns países estão a avançar para a administração de doses de reforço das vacinas contra a covid-19, com a Pfizer a tornar pública a sua intenção de, em agosto, pedir à Food and Drug Administration (FDA), a autoridade do medicamento nos Estados Unidos, uma autorização de emergência para uma terceira dose do seu imunizante. Esta semana - em princípio será mesmo esta segunda-feira —, a farmacêutica vai reunir-se com um painel de peritos norte-americanos para explicar a necessidade de reforçar a imunidade e discutir o pedido, na expetativa de poder acelerar a sua aprovação. Entre o painel de peritos está Anthony Fauci — o conselheiro médico principal do Presidente Joe Biden e o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infeciosas — e Rochelle Walensky, a diretora dos Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
Ainda assim, as entidades reguladoras não estão convencidas. “Estamos preparados para doses de reforço se e quando a ciência demonstrar que são necessárias”, reagiram CDC e a FDA ao tomar conhecimento das intenções da Pfizer e BioNTech na quinta-feira. No entanto, o principal conselheiro médico de Joe Biden reconhece que "é inteiramente concebível" e "talvez provável" que sejam necessárias doses de reforço. Pouco depois da declaração do CDC, também a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) se pronunciou e disse ser muito cedo para determinar a necessidade de juntar mais uma dose ao esquema atual de vacinação.